A organização antitabaco mais influente do mundo critica a futura lei sobre o tabaco: «Ela não assume a responsabilidade pelas doenças relacionadas com o tabagismo».

O relatório da ASH afirma que os produtos que contêm nicotina, como adesivos, pastilhas elásticas e cigarros eletrónicos, duplicam a probabilidade de sucesso na cessação tabágica em comparação com outros métodos. A organização Action on Smoking and Health (ASH), fundada pelo Colégio de Médicos do Reino Unido, publicou um relatório que questiona a visão tradicional sobre a nicotina e o seu papel nas doenças relacionadas com o tabagismo. De acordo com um estudo britânico, a nicotina «não é a causa de doenças graves relacionadas com o tabagismo, como o cancro», uma vez que os verdadeiros danos são causados por milhares de compostos tóxicos presentes no fumo do cigarro.

  • A nicotina é viciante, mas os seus riscos diretos para a saúde são relativamente baixos.
  • Não foi comprovado que cause cancro ou a maioria das doenças relacionadas com o tabagismo.
  • Produtos com nicotina, como adesivos, pastilhas elásticas e cigarros eletrónicos, duplicam as hipóteses de sucesso na cessação tabágica em comparação com outros métodos.
  • No Reino Unido, a terapia de substituição de nicotina é até recomendada para mulheres grávidas e pessoas com doenças cardiovasculares sob supervisão médica.

Dependência e ausência de evidências de danos cardiovasculares

O principal risco da nicotina é a dependência, que pode causar stress e irritabilidade. A curto prazo, pode aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial, mas não há evidências conclusivas de danos cardiovasculares a longo prazo para os utilizadores de terapias reguladas. Deborah Arnott, diretora executiva da ASH, afirma: «O problema não é a nicotina, mas sim o fumo do tabaco. As políticas devem ter como objetivo reduzir os danos, e não demonizar uma substância que pode ajudar os fumadores a deixar de fumar. Ela não é a causa das doenças relacionadas ao tabagismo».

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